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Uma nova esquina do mundo… doce e requintada

By Inesquecível 310 Comments

Há pouco mais de uma semana a cidade do Funchal recebeu de volta a esquina do mundo. Mais do que uma esplanada que se espreguiça pela cidade, o Golden Gate é uma referência na história da Madeira e o seu regresso ao dia a dia dos funchalenses e não só veio trazer a tal diferença que a baixa da capital madeirense precisava.

A oferta é, desde logo, distinta. A começar pela pastelaria de fabrico próprio e uma gelataria que faz crescer água na boca. Com sabores diferentes daqueles que nos habituamos a ver nas montras de verão e propostas suculentas que nos fazem parar e encostar a cabeça ao vidro atrás do qual se enfileiram as cores que nos desafiam.

Mais do que ver o Golden Gate pela frente, o Madeira In & Out foi estudar os bastidores, o local onde tudo nasce e o conceito. Ou os conceitos…

A começar pelo fabrico próprio de bolos e gelados, a renovada esquina do mundo é diferente. Na cave do edifício fica a cozinha da pastelaria e gelataria, onde um pasteleiro vindo especificamente da Venezuela mistura as iguarias, em segredo, para fazer profiteroles, brigadeiros, pastéis… onde o aroma adocicado percorre os recantos onde entram e saem pessoas com tabuleiros, panelas e afins. Não é difícil perceber porque é que se chegou tão depressa ao astronómico número de 70 colaboradores.

Subimos. No piso térreo, uma cozinha que serve apenas a esplanada, onde se fazem sandes, tostas e pouco mais. É de onde saem os bolos e os scones que serão acompanhados por chá, café ou sumos, de onde saem os pomposos gelados para comer nas cadeiras que se espreguiçam na avenida debaixo dos frondosos guarda-sóis.

Exploramos o piso superior. O último e o que oferece melhor vista sobre a avenida, rente à copa das árvores que por ali abundam e tornam fresca a permanência na varanda superior.

Mas antes disso, um novo olhar à cozinha do restaurante, que não obriga a muita ginástica, porque é um open space e pode ser visto por todos os que passarem no primeiro piso. É na montra de mariscos que nos detemos inicialmente, ao cimo das escadas e de onde olhamos para a sala requintada e confortável onde se pode almoçar ou jantar, especialmente comida italiana.

O conceito do novo Golden Gate roça no dos restaurantes dos mesmos empresários existentes na Venezuela. As massas e as propostas italianas afiguram-se numa proposta diferente, até porque aquele menu não encontra paralelo no centro da cidade. Há também comida portuguesa na carta, que pode ser escolhida para o almoço ou jantar, tal como a italiana. De resto, se quiser apenas lanchar na varanda de cima, também é possível, sobretudo se quiser pisar aquele chão fantástico que faz lembrar as cozinhas e alguns quintais antigos.

Aprecie o Verão do regresso do Golden. Não deixe de experimentar o mais novo espaço da cidade e apreciar os bocados de história que ali se estendem nas paredes, na varanda e na esquina que regressou para o nosso quotidiano. Com um toque de classe.

 

Navio do 20 de Fevereiro arriou pela última vez a bandeira

By Inesquecível No Comments

A Madeira não volta a ver o Cacine. O mais antigo navio-patrulha da Marinha Portuguesa não voltará a ter a baía do Funchal por moldura e as águas entre a Madeira e as Desertas e as Selvagens por chão.

O Cacine, feito para sulcar os rios de África, como os nove irmãos mais novos que surgiram nos anos seguintes, passou à história esta quinta-feira. Para as estatísticas, restam o Cuanza e o Zaire, os últimos dois resistentes desta odisseia de quase 50 anos, desde que a 6 de Maio de 1969 o Cacine foi aumentado ao efectivo dos navios da Armada. Ontem, na Base Naval do Alfeite, decorreu, com a presença de alguns antigos comandantes, a cerimónia de entrega de comando e de arriar dos distintivos nacionais, passando o navio ao estado de desarmamento.

Esteve empenhado em várias missões, das quais se destacam as operações realizadas no âmbito do acidente no Porto Santo, em 1990, com o navio “Aragon”, o dia em que a costa daquela ilha se vestiu de negro e, anos mais tarde, em 2002, numa missão de contenção de combustível dentro do porto da ilha dourada. Também esteve no afundamento do “Prestige”. Há também outras ligações muito fortes à Madeira: o acidente com o avião da TAP no aeroporto da Madeira, em 1977, o temporal de Outubro de 1993 e o inesquecível 20 de Fevereiro de 2010, a maior aluvião de que há registo no arquipélago.  Mais recentemente, em 2016, foi de bordo desse navio que foi evacuado Francis Zino, através do helicóptero EH101 da Força Aérea Portuguesa, para receber tratamento hospitalar.

O NRP Cacine, com o número de amura P1140, não voltará à Madeira, a não ser que seja o escolhido para um dos futuros recifes artificiais planeados para a costa sul da ilha. Será bem vindo, mas mais do que isso, será bem recordado por todos os que ali embarcaram, serviram ou simplesmente viram, no porto do Funchal, durante muitos anos.

Ao serviço dos portugueses e da Marinha, navegou mais de 38.000 horas de navegação, tendo percorrido em milhas náuticas o equivalente a 14 voltas ao mundo. A bandeira nacional não voltará a ser vista a bordo…

Deite o olho ao novo Golden

By Inesquecível, Vídeos 1.381 Comments

O novo Golden abre amanhã as portas às entidades oficiais e volta a receber as pessoas da nossa cidade e os turistas que nos visitam a partir de domingo.

O VIDEO QUE O MADEIRA IN & OUT LHE MOSTRA tem um “cheirinho” do que vai ser o novo espaço de encontro na cidade, que o escritor Ferreira de Castro disse um dia que era “A Esquina do Mundo”.

Comprado por um empresário luso-venezuelano durante um processo de leilão decorrido no ano passado, o Golden Gate trará de volta à cidade do Funchal o seu brilho e a sua classe.

O Golden será um dos novos pontos de encontro dos madeirenses e dos turistas que nos visitam, aos milhares, todos os dias.

Aproveite e VEJA NESTE VIDEO um pouco do que será o espaço que espera por si a partir deste domingo e onde poderá passar as suas tardes de Verão.

O Funchal já merecia o regresso de um café assim…

 

Experimente o empreendedorismo jovem ao leme

By Inesquecível 54 Comments

Francisco Gouveia é um vencedor. Não de qualquer prémio ou competição, mas pela determinação com que encara a vida, apesar de ser ainda muito jovem.

Tem o mar por casa e um veleiro por local de trabalho, mas mais do que isso tem um escritório a perder de vista na linha do horizonte que se afigura à nossa frente num fim de tarde de primavera.

A Blue Adventure é o seu sonho, a sua paixão, a realização pessoal que o faz sair, muitas vezes, mais do que uma vez por dia, da Marina do Funchal na direção que os clientes quiserem. Durante quatro horas, até pode navegar para cá e para lá na baía, porque quem manda nesse momento são mesmo os que escolhem quatro horas diferentes do seu dia, ou numas férias, ou num encontro de amigos, ou num pedido de casamento. Mas aqui nem sempre a resposta é a que se espera.

Francisco conta que dos quatro pedidos de casamento acontecidos a bordo do veleiro, um deles acabou mal. Depois do momento que devia ser de alegria, rumou de novo à marina num profundo silêncio, sentindo que o oceano era pequeno demais para o namorado rejeitado e a namorada determinada. Mas também se lembra do momento em que um noivo combinou com ele um cenário romântico, ao ponto de Francisco ter mergulhado previamente perto do Clube Naval do Funchal, onde escondeu uma caixa com um anel, devidamente assinalado para o noivo o encontrar num mergulho posterior.

Realmente, durante a viagem de quatro horas o romance pairou no ar como um passarinho e a cumplicidade com que combinou tudo com o pretendente daquela mulher fê-lo gostar ainda mais do que faz diariamente. Gostar das viagens para ver o pôr-do-sol em que vai explicando, aqui e ali, a origem das fajãs, as espécies dos golfinhos e os edifícios que aparecem na orla e que suscitam a curiosidade de quem os vê.

Dificilmente poderia ter feito outra coisa da vida. Teve, desde pequeno, ligações ao mar, pois o avô praticava pesca e por vezes levava Francisco. Mas se não fosse assim teria herdado o gosto pelo mar dos pais. Aos dez anos ingressou na vela e desde então foi evoluindo na mesma proporção em que o gosto pelo mar foi aumentando. Houve que tomar opções. Não fez, por isso, o percurso secundário escolar normal. Entrou no curso de técnico de construção e reparação naval tendo já como horizonte escolher uma profissão ligada ao mar. Do seu currículo, faz parte uma travessia até o Brasil num veleiro, uma experiência inesquecível, entre outras vezes que deslocou embarcações de um porto para outro, como recentemente entre Funchal e Lisboa.

Quando terminou o curso, Francisco iniciou a sua actividade profissional como funcionário na empresa Blue Adventure. Na sua grande maioria, as funções passavam pela reparação e manutenção a embarcações. Por seu lado, essa empresa também tinha uma parceria com a empresa Paralelo 32, acordo que se mantém até os nossos dias e fez alguns charters, levando turistas e locais a bordo para diferentes viagens.

Foi nessa altura que o jovem, um exemplo de empreendedorismo sub-30, iniciou com maior frequência aquela que hoje é a sua principal função, a de skipper. Com algumas mudanças pelo meio, uma vez que agora é o sócio-gerente da empresa Blue Adventure, que adquiriu e Skipper da Paralelo 32. Continua a fazer alguns trabalhos de manutenção/reparação em embarcações, mas tem estado mais focado na realização de diversos tipos de charters em veleiros e barcos a motor, seja durante meio dia, o dia inteiro ou para ver um magnífico pôr-do-sol. Uma das propostas a pôr na agenda para este verão…

Quanto a preços e disponibilidade, podem ser obtidos através do https://www.facebook.com/BlueAdventureSailBoat/?pnref=lhc ou do telemóvel 966749056.

Levada do brasileiro, proposta para o feriado

By Inesquecível 1.016 Comments

Se ainda não decidiu o que fazer na próxima quinta-feira, uma vez que é feriado, aproveite para um passeio pelo fresco da floresta Laurissilva. A nossa proposta passa por um pequeno passeio na levada do brasileiro, um percurso que começa e acaba na freguesia do Porto Moniz, onde pode aproveitar para uma reconfortante refeição no final do percurso de 3,6 quilómetros.

A levada não está na beira da estrada, sendo por isso necessário passar primeiro por uma vereda. O início do percurso surge num estradão localizado no Pico da Pedreira (Estrada Regional 105), no topo de uma longa recta se for para lá pelo lado da Fonte do Bispo. A levada faz-se entre os 1041 e os 808 metros de altitude.

Quando chegar a um pequeno prado onde encontrará dois trilhos, siga pelo da esquerda e em seguida faça-o de novo.

Aproveite para apreciar a beleza incomparável do Fanal e, simultaneamente, a Ribeira da Janela. Desça. Entre numa espécie de floresta encantada, cujo piso parece alcatifado de folhas.

Porque se chama levada do brasileiro? Ao que parece, por ser o nome porque era conhecido o seu proprietário, quando foi inaugurada, em 1912, portanto, há mais de cem anos. João Nicolau da Câmara fora emigrante no Brasil.

Este é um daqueles percursos onde se pode vislumbrar os tão característicos túneis de urzes, que nos transportam por um envolvimento único com a natureza. Vá descendo. Encontrará o segundo patamar da levada, onde se sentirá abraçado pelas árvores que depois abrem os braços para lhe mostrar todo o vale.

Entre de novo na floresta, depois de passar uma pequena zona onde deve caminhar cuidadosamente, devido a alguma erosão. Encontre a última descida que se localiza novamente à direita, chegando à última etapa, onde irá percorrer a levada até o fim na Lagoa do Bardo.

Como quase todas as levadas da Madeira, esta também tem uma pequena cascata, um cenário que deve apreciar parado. Aproveite para descansar um pouco.

A partir dali continue em frente, onde encontra o ponto mais sensível do seu passeio. Nada de assustador, mas uma pequena queda de água numa passagem estreita e sem protecção. Faça-o cuidadosamente, pois o piso pode ser escorregadio. Mas vale a pena passar por ali para depois ver a lagoa do Bardo, onde desagua toda a água da levada do brasileiro. Aproveite o feriado para conferir.

Já viu o novo miradouro da Levada dos Cedros?

By Inesquecível 7 Comments

Hoje propomos-lhe um passeio fascinante pela Levada dos Cedros, um dos percursos daqueles de cortar a respiração. Não pelo cansaço de subir e descer no seu percurso, mas pela beleza do cenário com que se vai deparar, curva após curva. Mesmo que não veja mais do que a copa das árvores sobre a sua cabeça…

Não é demais dizer-lhe que a Levada fica no coração da Laurissilva, a nossa floresta mais encantadora do que encantada, mas que transmite magia à medida que nos cruzamos com o percurso que a água faz e com que estamos sistematicamente a deparar-nos ao longo do caminho.

Comece o passeio pela zona do Fanal, onde os urzais, típicos das zonas altas de montanha, lhe darão as boas vindas e dali siga o percurso assinalado e seguro, onde encontrará degraus de madeira que se estendem encosta abaixo na freguesia do Seixal. Depois disso, o passeio passa para a freguesia da Ribeira da Janela, podendo, quando encontrar finalmente o curso da água, virar para a esquerda, onde vai encontrar a madre da levada, ou para a direita onde o curso de água parece que o acompanha e os urzais são substituídos pela floresta Laurissilva.

A cereja em cima do bolo é o recente miradouro, no final de um trilho, incluído recentemente no trabalho de recuperação da levada, onde pode aproveitar para descansar e apreciar a beleza da área à sua volta.

Volte à levada e encontre, então, zonas mais largas e outras mais estreitas, mas todas particularmente bonitas, com pontes feitas em madeira, miradouros, bancos de pedra para descansar e um lençol verde que se estende por todo o percurso. Não se esqueça de levar todo o lixo quando terminar o percurso, que encontrará no final da escadaria que o levará de novo à estrada.

 

Momentos da homenagem do Porto Moniz aos ex-combatentes

By Inesquecível No Comments

Foi um dia emotivo para muitos dos ex-combatentes, do Porto Moniz e não só. As imagens mostram o envolvimento à volta da inauguração do monumento ao Ex-combatente, no sítio da Santa, que acabou por reunir entidades civis, militares e religiosas.

Ficam os momentos do dia em que o concelho nortenho recebeu os homens que lutaram pela pátria além mar e as suas famílias, mas também os que, não tendo nascido ali, não quiseram deixar de estar presentes.

Por caminhos há muito ’’navegados’’

By Inesquecível One Comment

A Associação do Caminho Real da Madeira promoveu a sua primeira volta à ilha, utilizando os velhos caminhos recuperados da nossa história comum. A proposta da Associação teve início em Machico, e em etapas que variam entre os 15 e os 30 quilometros por dia, concluiu este “regresso ao passado” em oito dias, como aliás foi anunciado no Madeira In & Out.

Utilizaram o CR23, que sempre foi o mais importante, tendo contado com um grupo de caminheiros constituído por cerca de 35 pessoas, das quais 6 cumpriram a totalidade do percurso que permite dar a volta à ilha.

A Associação lançou, para utilizar a partir desta data e para todos os interessados, uma espécie de passaporte, que os passeantes podem carimbar na rede de parceiros da Associação, por toda a ilha (bares, cafés, mercearias, restaurantes, vendas, mercearias, alojamentos locais, …) por onde passam os Caminhos Reais (37 das freguesias da Madeira), e assim ir colecionando “certificados” de passagem pelos vários pontos que constituem os caminhos.

Os objectivos? Conhecer a história local, visitar monumentos (civis, religiosos e militares), passear pela laurisilva, saborear a gastronomia local, viver costumes e tradições, aprender as lendas e mitos  e sentir o calor da hospitalidade dos madeirenses. Esta iniciativa permitiu ainda “injectar” na economia local da ilha um montante que rondará os 350 euro por caminheiro (dos que completaram o circuito), o que permite bem calcular as mais valias da iniciativa.

Mais informações, sobre o passeio e sobre a Associação, podem ser encontradas em www.caminhoreal.pt ou no facebook Caminho Real da Madeira.