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É um dos maiores estudos feitos até hoje sobre a indústria do Bordado Madeira. A investigadora Georgina Garrido esteve durante anos em arquivos para descobrir o resultado deste livro que se encontra à venda no site da Amazon.

 O resultado da longa investigação que originou uma tese de Mestrado, defendida em Dezembro passado em
Lisboa e que teve a classificação final de 18 valores, com menção de
excelência.

Georgina dedicou toda a sua vida ao restauro, descobriu os percursos feitos ao longo de muitas décadas pelas linhas e pontos que levam o nome da Madeira ao mundo, se bem que nem sempre pelas portas mais óbvias.

As origens da exportação são da segunda metade do século XVIII, com registos de saídas do convento de Santa Clara para Cabo Verde e para os Estados Unidos da América. Era às religiosas que os turistas compravam, saindo dos navios em direção ao local e só depois disso é que há a ligação aos ingleses, razão pela qual na altura o nosso trabalho era conhecido como Bordado Inglês.

Depois desses, os alemães e os austríacos ficaram encantados pelo trabalho feito pelas mulheres da região, tendo trazido para cá a moda da época. Habituados já à industrialização e conscientes de que na região os passos eram ainda muito rudimentares, deram uma mãozinha ao sector e as peças bordadas na Madeira eram depois levadas para Hamburgo para serem recortadas e exportadas para os Estados Unidos.

O resto, terá de ler no livro que não pode deixar de ter: “Dos conventos ao economuseu: PATRICIO & GOUVEIA Lda. – Fabrica de Bordados”, onde se pode ler na contracapa a seguinte apresentação.

“A introdução da arte de bordar na ilha da Madeira remonta ao povoamento. A divulgação e ensino estava a cargo das famílias que transmitiam o saber fazer de gerações, das ordens religiosas instaladas na região e das escolas de ensino dos lavores femininos.  A arte foi notada e reconhecida pelos forasteiros, visitantes ou residentes, que a influenciaram, impuseram regras e a transformaram numa indústria que se afirmou nos mercados internacionais, contribuindo para a sustentabilidade da população. A ilha foi conhecida mundialmente como centro produtor de bordado e o artigo, um ex-líbris da região. Hoje, a sobrevivência do Bordado da Madeira só é possível com o apoio das novas técnicas da museologia, capazes de o integrar na sociedade residente e visitante, valorizar o trabalho, reconhecer o artigo como obra de arte, contar histórias e criar serviços para alavancar o setor. Só a P&G, criada em 1925, tem condições para acolher essa envolvência”.

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