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As nossas ilhas

Caos no tempo em São Vicente

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A capela de Nossa Senhora de Fátima, ou capela do Pico da Cova, fica em São Vicente. Para a esmagadora maioria dos madeirenses, a designação será novidade, mas será difícil ter passado por São Vicente e não ter visto a torre, no topo de um monte, visível de todo o vale.

Terá sido construída por iniciativa da população em 1948, como forma de celebrar o fim da Segunda Guerra Mundial, e no percurso que lhe dá acesso existe uma representação da Via Sacra.

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Na torre, com uns quinze metros de altura, há quatro relógios, um em cada fachada do edifício… estranhamente, todos mostram “horas” diferentes. Um relógio parado está certo duas vezes por dia… terá esta sido uma forma de se assegurar que estaria certo mais vezes por dia? Ou é apenas uma forma de manter confusa a população?

Outro elemento de confusão é uma placa, na fachada principal, que refere ter sido o edifício recuperado com base num financiamento do FEOGA. De acordo com os princípios do programa, o FEOGA “apoia programas de racionalização, modernização e melhoramentos estruturais na agricultura, a instalação de jovens agricultores e formação profissional, a transformação e comercialização de produtos agrícolas , o desenvolvimento e aproveitamento das florestas , o desenvolvimento das zonas rurais através da prestação de serviços às populações, incremento da economia local, a promoção do turismo e artesanato”. Não é claro em que medida a reconstrução de uma capela obedeça a estes princípios… principalmente porque a parte da estrutura que seria mais útil à população (o relógio) não funciona.

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