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Inesquecível

É Carnaval, ninguém leva a Orquestra a mal

By 28 Fevereiro, 2017Março 1st, 20171.028 Comments

 

DR

Fui a um concerto. A “coisa” só será surpreendente para quem me conhece, embora talvez menos se vos disse que foi um concerto da Orquestra Clássica da Madeira.

E tendo ido a um concerto, sai de lá surpreendido. Não tanto pela competência demonstrada no uso dos instrumentos (não me surpreende porque é esperada…), mas pelo sentido de humor evidenciado pelo colectivo.

Cheguei ao Casino uns minutos antes da hora de início do concerto, e a minha primeira surpresa foi ver sair os músicos. Um imperador romano com uma coroa de louros, uma hospedeira com o seu trólei e o aerossol desinfectante, um(a) tigre e um palhaço, para além de muitos chapéus, cabeleiras, adereços. Surpresa seguinte. O maestro convidado esperou por uma fanfarra para entrar, o que fez com as vestes de um gladiador.

Outra surpresa foi uma intervenção sonante de quatro “solistas” com os seus extremamente ruidosos “instrumentos”, quatro aspiradores que acompanharam a orquestra e demonstraram que na música e na imaginação não há impossíveis – basta querer.

O programa era uma mistura variada de peças adequadas à época, acompanhadas por intervenções de alunos do Conservatório – Escola das Artes, nomeadamente a dramatizar a Overtura de Gulherme Tell (Rossini), os alunos de teatro, e o Can Can (Offenbach), os alunos de dança.
Valeu o fim de tarde, e ficou a vontade de ver mais concertos.

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