Mulher que se preze tem dezenas de cremes para tudo. Para o corpo, o rosto, os pés e as mãos, os lábios, nem os cotovelos e os joelhos são esquecidos. As marcas sabem-no e promovem como poucos as potencialidades de gamas altamente estudadas, que tornam altamente caros os produtos que nos aparecem nas montras, especialmente nesta altura do ano em que nos preocupamos com o sol, os cabelos e tudo o que sirva para nos levantar o ego.
Um grupo de investigadores do Centro de Investigação GEOBIOTEC, FCT, Universidade de Aveiro e do Centro de Tecnologia Farmacêutica e do Medicamento da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, de que faz parte o Doutor Engenheiro madeirense João Baptista, “reinventou a fórmula mágica” perseguida por todas as mulheres, umas mais do que outras, dependendo do tamanho da carteira e do armário lá de casa. O resultado foi a nova linha solar dos produtos Terramiga, que aparece à frente dos nossos olhos pela primeira vez este Verão. A história conta-se com três produtos com mel de abelhas biológico da Laurissilva. Do galardão atribuído pela UNESCO à floresta Laurissilva a património mundial às embalagens prontas para levar em viagens passaram-se 17 anos, mas ao que parece valeu a pena.
O Verão pode ter, por isso, mais escolhas. E a avaliarmos pelos pontos fortes que me foram apresentados, não duvido que os produtos “Made in Madeira Island” tenham o mesmo sucesso que as árvores debaixo das quais foi produzido aquele mel. A começar pela validade. Como vem numa embalagem sem ar, não há qualquer hipótese de se alterar a qualidade da formulação e estabilidade do produto, protegendo as suas características originais durante dois anos e meio.
A protecção solar elevada com factor 50+ contra o índice de radiação UVA e UVB (IUV), apresenta-se numa embalagem de 100 ml, para poder ser transportada facilmente ou mesmo levar em viagens de avião. É resistente à luz, ao calor e à água. Sem corantes e com fragrância de sais marinhos, esta loção é adequada para todos os tipos de pele. Mesmo assim, as preocupações não ficam na praia e têm também um leite pós solar, com a mesma apresentação comercial. Tem propriedades suavizantes, hidratantes e nutritivas, promovendo a reposição do filme hidrolipídico após a exposição solar. De textura fluida, cremosa e não oleosa, sem corantes e com fragrância leve de sais marinhos. Há também o regenerador Lábios e Nariz (Bisnaga 10ml, com aroma de mel de abelhas).
Como é que se chega, então, a esta linha? Depois de vários anos a investigar, o mesmo grupo de trabalho, que já tinha feito magia com as outras formulações de produtos dermocosméticos e dermoterapêuticos da Terramiga (os sabonetes e os cremes de rosto dia e noite, do corpo e das mãos), aperfeiçoou a fórmula do “pote de mel” que, desta vez, não estava no fim do arco-íris, mas a meia encosta do sítio da Achada do Furtado do Barrinho (590m), em São Vicente (Capital da Laurissilva). Desde a apresentação oficial, a linha tem recebido os mais rasgados elogios, reconhecimentos e prémios, e tem certamente muitos corpos à sua espera.
A linha solar foi desenvolvida com produtos de origem natural e biológica. Na loção com factor de proteção solar elevado, é utilizado um filtro físico (dióxido de titânio) e óleos essenciais e teve em conta os parâmetros climáticos para a latitude do território Português e os tipos de pele da população residente e visitante.
Mas os investigadores tiveram outra preocupação. Estudar os dados do registo diário do Indicie de Radiação Ultravioleta (IUV) disponibilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Delegação Regional da Madeira, para o período de 2012 a 30 de Abril de 2016. Foram tidas em conta as estações climatológicas dos Louros, Funchal e do Aeroporto do Porto Santo, que mostram que entre os meses de Outubro e Abril o índice IUV varia entre os 3 e os 6, ou seja, Moderado a Alto, mas que entre Maio e Setembro sobe para valores entre os 9 e 11, o que os coloca numa escala de Muito Alto a Extremo.
Este ano a tendência vai manter-se, apenas com uma novidade. Podemos levar nas embalagens dos cremes da Terramiga, o mel de abelhas do nosso Património Mundial da UNESCO dentro da bolsa ou mochila, pelo mundo fora.