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As nossas ilhas

Our Islands

Conheça a Selvagem Grande a 360º

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É uma visita como poucos fizeram até hoje e a perspectiva da objectiva de Gregório Cunha, apanhada numa viagem que fizemos há pouco mais de um mês à Selvagem Grande, Mostra o que muito poucos madeirenses puderam ver ao vivo até hoje.
Este é o cenário que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai encontrar de hoje a uma semana, no paralelo 30 a norte do equador.
O fotógrafo, a sua paciência, o seu empenho, a sua dedicação ao trabalho feito durante um dia inteiro na Selvagem Grande, enquanto o país se preparava para ver a final do Euro2016, que nós também vimos no território mais a sul de Portugal, tiveram este resultado, elaborado para a Revista Sábado.
Cloque no nome da ilha e explore o mapa, ligue o som, ouça as cagarras e o vento e entre nos pontos assinalados. Dê voltas de 360º no planalto, na escarpa, no Chão dos Caramujos. Aprecie e comece já a programar a sua viagem…

Polícia Marítima começa missão nas Selvagens

By As nossas ilhas 1.830 Comments

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E depois de alguma polémica e muitas toneladas de material transferidos para o extremo sul de Portugal, largará esta domingo de manhã, da Marina do Funchal, uma embarcação da Polícia Marítima para as Ilhas Selvagens.

A partida deste meio, que levará a bordo os dois elementos da Polícia Marítima que irão ativar, a partir da próxima segunda-feira, dia 22 de agosto, a Estrutura da Autoridade Marítima naquela parcela do território, nomeadamente o Posto do Comando-local da Polícia Marítima do Funchal nas ilhas Selvagens, vai contar com a presença do almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, Macieira Fragoso e do vice-almirante Director Geral da Autoridade Marítima, Silva Ribeiro.

A partir da próxima semana, passará a ser possível garantir o eficaz exercício da autoridade do Estado, nomeadamente em matéria de vigilância, fiscalização e segurança da navegação, bem como ainda apoiar a relevante ação desenvolvida na proteção e preservação do meio marinho, das pessoas e bens, na parte mais a sul do País.

O que dá voar de um homem para o outro

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Apanhei a meio da tarde um voo da TAP entre a capital do país e a capital do arquipélago da Madeira. Por outras palavras, fiz uma coisa que se chama vulgarmente Lisboa-Funchal e que daqui a uns meses se vai chamar Humberto Delgado-Cristiano Ronaldo e a malta vai andar toda a perguntar isso é de onde para onde. Mas essa parte não interessa nada. Pelo menos para esta história.A TAP teve um de dois problemas esta tarde. Ou metade dos passageiros não conseguiu chegar a tempo ao voo, que por sinal saiu com 55 minutos de atraso, porque a tripulação veio de outro voo que por sua vez chegou atrasado… explicado pelo comandante Tiago Falcão, ao pessoal, ou andam deliberadamente a vender as passagens caras para não terem muita gente a esperar o atraso de uma hora.

Se formos a ver, depois as relações públicas da empresa dizem que só metade do avião é que se queixou. Espertos!

Eu até entendo que eles saibam que além da Easyjet são a única companhia aérea, ainda, a voar entre os dois homens. Perdão, entre os dois aeroportos. Agora, em vez de porem lugares a preços acessíveis a quem quer sair de férias, espetam com passagens a 400 e a mais euros para que as pessoas possam vir à vontadinha a bordo dos aviões.Acho que estenderam aquela publicidade da primeira classe, que diz que “ao seu lado o lugar está sempre vazio”, a todo o avião. Eu tive o bónus de ter dois lugares vazios ao meu lado e do outro lado do corredor, três. Numa daquelas passeatas que damos ao final do avião para entrar naquela grande toilette, também vi que em todas as filas havia pelo menos um lugar vazio em cada fila do avião. Ou seja, depois da privatização, a TAP preocupa-se muito mais com os seus clientes e mantém-nos à vontade.

Podia ter vendido a cem ou cento e poucos euros os lugares que sobravam, mas a verdade é que com as tarifas que não garantem reembolso, ninguém sai da Madeira ou se sai, é porque tem uma família pequena, porque pagar mais de 400 euros, que é o que a TAP pratica para esta altura do ano, para sair daqui com quatro pessoas, dá 1600 euros sem comer nem beber.

Mas não sei para que ando para aqui a queixar-me. Comodidade não me faltou e até tive dificuldade em escolher em que lugar dos seis me sentar. Estendi a mala na cadeira ao meu lado para não me sentir tão só e saquei do computador para escrever este post. Mas pelo menos não tive de me afastar para a senhora do lado ir fazer a sua passeata à casa de banho…

O que é isso de Geoparque do Porto Santo?

By As nossas ilhas 4.267 Comments

Está cada vez mais próxima a materialização do Geoparque do Porto Santo. Mas a verdade é que muitos ainda desconhecem o que significa esse nome. Pois bem: segundo a definição da UNESCO, um geoparque é “um território de limites bem definidos com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento sócio-económico local”. Deve abranger um determinado número de sítios geológicos de relevo ou um mosaico de entidades geológicas de especial importância científica, raridade e beleza, que seja representativa de uma região e da sua história geológica, eventos e processos. Poderá possuir não só significado geológico, mas também ao nível da ecologia, arqueologia, história e cultura.

O Porto Santo prepara-se para ter, a médio prazo, o seu nome inscrito na lista que em Portugal reúne já o Geoparque de Arouca, apesar de recentemente ter sido afetado com os fogos, o Geoparque Naturtejo e o Geoparque dos Açores, um exemplo que será seguido, em toda a linha, pela ilha dourada.

A recente realização do simpósio ambiental foi o mote para o arranque do futuro geoparque. Depois do apadrinhamento de quatro dos maiores especialistas nacionais na criação e gestão destas estruturas, a ilha vai mostrar ao mundo as suas riquezas naturais, até porque José Brilha, Sérgio Ávila, Mário Cachão e João Baptista preparam-se para emprestar toda a sabedoria e experiência a quem vai começar a explorar um novo nicho de turismo.

Os geoparques têm de cumprir alguns requisitos, como conservar, através da preservação de geossítios de particular importância, explorando e desenvolvendo métodos de geoconservação, com o intuito de proteger o património geológico para as gerações futuras;

Deve também promover a educação em geociências, do público em geral e da comunidade estudantil, organizando atividades e providenciando apoio logístico na comunicação do conhecimento científico e dos conceitos ambientais. O Geoparque deverá, por outro lado, apoiar a investigação científica, estimulando o diálogo entre os geocientistas e as populações locais;

Não menos importante vem a área do desenvolvimento Regional, uma vez que estimula a atividade económica e o desenvolvimento sustentável das populações da sua área de influência. Desta forma, potencia o desenvolvimento socioeconómico local através de uma imagem de excelência intrinsecamente relacionada com um reconhecido património geológico, que atrai inegavelmente um grande número de visitantes. Este facto tende a desenvolver atividades económicas ligadas ao artesanato e ao turismo de natureza, como por exemplo o geoturismo, com produtos de qualidade reconhecida e certificada.

O potencial é enorme. O Porto Santo terá de dar este passo de gigante para a afirmação e um turismo cada vez mais exigente. E conta para já com o apoio de várias forças vivas do concelho. O projecto, encimado pela Câmara Municipal do Porto Santo e com o apoio daqueles especialistas tem certamente pernas para andar.

Nada de churrasquinhos

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Devido ao tempo muito quente que está previsto continuar para os próximos dias, o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) apela à população em geral, que não sejam realizados churrascos em áreas florestais e naturais.

Não seria necessário avisar, mas a verdade é que estão, naturalmente, proibidos todos os churrascos em zonas de lareiras e churrasqueiras nas áreas de perímetro florestal e parque natural. Tudo interdito temporariamente, não vá algum inconsciente pensar em passar o dia na serra com a família. Vá lá, é para o bem de todos.

São só mais uns dias, até o tempo mais fresco regressar e o vento ir embora.

Relatório sobre combate a fogos na Madeira pronto há um ano

By As nossas ilhas 1.377 Comments
Ora bem. O tal relatório de que se fala sobre o combate aos fogos por meios aéreos, que é desde Setembro de 2015 do conhecimento da Proteção Civil da Madeira, foi elaborado pelo grupo de trabalho que envolvia Ministério da Defesa Nacional, Ministério da Administração Interna, Ministério da Saúde, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira, através do Serviço regional de Proteção Civil e Bombeiros. Li o documento todo ontem e acho que se devia destacar esta parte:

«A Região Autónoma da Madeira (RAM) e a Região Autónoma dos Açores (RAA) exploram ambas apenas os meios aéreos do Estado que são disponibilizados pela Força Aérea, que para o efeito mantém meios destacados em permanência em cada uma daquelas regiões insulares e que guarnecem, dessa forma, os respetivos dispositivos de Busca e Salvamento. Contudo, atendendo às especificidades geográficas e sociais dessas parcelas do território, nomeadamente a sua dispersão, descontinuidade, predominante escassez de vias de comunicação, riscos naturais, distribuição de população e de serviços médicos, de socorro e de proteção civil, as necessidades e o emprego dos meios aéreos destacados vão além do âmbito SAR, traduzindo-se numa atividade contínua e intensa em apoio à segurança das populações, nomeadamente através de execução de evacuações aeromédicas inter-ilhas e contribuição ativa nas operações de proteção civil.

No pressuposto de que as necessidades identificadas pelas RAA e RAM estão, no presente, razoavelmente satisfeitas, e que a operação de meios aéreos de asa rotativa em ambiente arquipelágico exige requisitos dificilmente passíveis de serem cumpridos por outro meio que não o EH-101 já existente, não se visiona ser necessário ou possível qualquer outro modelo de emprego diferente do atualmente em vigor. Na Figura 2 apresentam-se as localizações dos destacamentos permanentes de EH-101 e C-295M.

Por outro lado, o reforço das capacidades aéreas da Força Aérea com a entrada ao serviço da aeronave C-295M, e no que se refere especificamente à RAA, traduz-se, na prática, no encurtar da distância entre os grupos de ilhas, melhorando dessa forma serviço que é prestado às populações, assegurando ainda um meio em alerta permanente e com capacidade para fazer evacuações de qualquer ilha diretamente para o continente.

No que concerne à RAM, os acontecimentos de anos recentes sugerem a necessidade de estudar detalhadamente a viabilidade da operação de meios aéreos na ilha da Madeira para fazer face à proliferação de incêndios florestais, que terá de considerar os constrangimentos específicos do ambiente de operação (orografia e meteorologia, pontos de abastecimento, suporte técnico, entre outras).

Este estudo deverá ser realizado e operacionalizado entre a ANPC, RAM e Força Aérea, considerando-se, devido à data de finalização do presente relatório, como fora do âmbito do mesmo».

Delícias italianas no Porto Santo

By As nossas ilhas 432 Comments

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Há uns dias estive no Porto Santo. Para além do descanso que a praia proporciona a todos quantos o visitam, tive também a oportunidade de regressar a um dos meus restaurantes favoritos.

A localização não é fantástica, e a decoração é básica – pelo menos no exterior, onde fiquei. Mas o serviço é simpático e eficaz, e acima de tudo as pizzas são fantásticas. Massa fininha, coberta de ingredientes bem escolhidos e de boa qualidade. A vontade foi voltar logo para a refeição seguinte!

Volta e meia vem cá fora o cozinheiro e proprietário, o que permite alguma interação com todo o temperamento italiano de Salvatore. Vem ver se está tudo bem, e se os clientes gostam do que nos prepara.

Depois da pizza, espaço para uma sobremesa. Recomendo a mousse de chocolate, bem como os gelados. Valem todos a pena, embora a mousse seja verdadeiramente especial…

Não se preocupe, Salvatore. Os seus cozinhados continuam tão bons como sempre, e valerá sempre a pena voltar ao Maramao.

O Maramao fica na estrada regional 111, em frente ao Pestana Porto Santo e Pestana Colombo, e junto ao estádio. As reservas podem ser feitas através do telefone 291632281.

Gosto de si, senhor Pimenta

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Não imagino a dor daquelas pessoas que ficaram com pouco mais do que a roupa que traziam na pele que cobria o corpo cansado de correr pela vida.

Passei o dia a ver e a rever as imagens, mesmo as aéreas, assustadoras, que pareciam queimar-me a televisão e o desespero misturado com as cinzas de quem terá de recomeçar do zero. Assim como há seis anos, naquele Fevereiro que ainda nos percorre o sangue, sei que teremos capacidade de renascer do nada ou do quase nada. E ontem, ao ver o Presidente da República levar daqui essa lição de vida, tive a mesma certeza. Somos grandes, somos enormes, somos incomparáveis quando temos de estender as mãos para outro madeirense se levantar.

Sei que vamos ser, outra vez, capazes. Maiores do que sempre. Maiores do que naquele Fevereiro que nos chocou, do que aquele Agosto que nos queimou os pulmões, do que aquele outro verão que nos pintou as serras de luto.

Sei que vamos ser um exemplo. Sempre o fomos. Vamos passar por isto como o fizemos depois daquela madrugada de inverno. Que veio de repente. Agora não. O inferno desfilou nas nossas ruas e deu-nos tempo para apreciá-lo.

Mas a meio disto tudo vimos a fibra de um madeirense. O senhor António Pimenta. Gosto dele. Da sua fibra. Não saberíamos quem era se não tivesse convidado o Chefe de Estado para a inauguração da sua casa, aquela que vai reconstruir das cinzas. Ou muito me engano, ou Marcelo voltará cá para o grande dia. E nós, cada um de nós, deve ter orgulho em ser madeirense e viver do que a nossa terra tem de melhor: cada um de nós!