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Aqui Perto

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Fortaleza recebe momentos de Sara

By Aqui Perto 401 Comments

Os sorrisos, os olhos que se afastam do sol, as brincadeiras nas praias e os olhares aos irmãos mais novos… há de tudo nesta exposição de Sara Reis Gomes no Café Fortaleza.


Não perca a oportunidade de subir ao alto de São Pedro, freguesia do concelho do Funchal. onde as imagens da objetiva de Sara se multiplicam nas paredes, as de vidro e as opacas, que separam o balcão dos convidativos bolos e da apelativa esplanada que se espreguiça ao sol.


Todos os dias até 4 de Julho, das 10 às 20 horas, as molduras parecem falar. Mais do que isso, parecem querer saltar dali e correr pelo jardim ali ao lado ou brincar no parque infantil com tantas crianças que riem, felizes.


A autora do blogue “Would You Mum” reuniu algumas fotos dos seus trabalhos que são de visita obrigatória. 

Entre os seus próprios quatro filhos, dois rapazes adolescentes e duas princesinhas mais novas, figuram as produções que faz, algumas delas desde o nascimento de bebés e suas famílias até a escolha dos cenários. A bióloga marinha convida a viagens ao passado recente ou mais distante das nossas próprias vidas.

Suba ao Alto do Pico. Aprecie a mostra de fotografia e saboreie uma das iguarias do Café Fortaleza,, num dos mais recentes recantos da cidade que se perde em lugares como este.

Grutas? Ou não?

By Aqui Perto 4.195 Comments

 

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Uma visita às grutas de São Vicente é sempre uma maneira diferente de passar o dia. Se não tem transporte, não se preocupe: há sempre soluções, e para este caso temos uma mesmo à medida.

Duas ou três vezes por semana sai do Funchal um autocarro amarelo (CarrisTur) que atravessa grande parte da zona oeste da ilha para chegar a São Vicente. Convém reservá-lo com antecedência, e cumprir os horários indicados nos bilhetes. A primeira paragem tem lugar junto às grutas.

Mas o que são estas grutas? O que há lá de interessante? Para começar, vamos desfazer alguns mal entendidos: elas chamam-se grutas, mas não são bem isso. Na realidade, são algo ainda mais interessante: são túneis lávicos, decorrentes das últimas erupções que se deram na Madeira, e que nos permitem aprender muito sobre as origens da ilha.À chegada, somos convidados a entrar num dos tuneis, e avançamos pela Terra dentro.

Um guia especializado vai-nos chamando a atenção para isto e para aquilo, e vamos aprendendo a cada passo, e utilizando vários sentidos, vamos “absorvendo” informação e sensações.

 

No extremo (cerca de 350/400 metros) há uma ligação entre os dois tuneis visitáveis, pelo que a saída é feita pelo outro lado. No final, o guia acompanha-nos ao início de uma mostra sobre o vulcanismo – o da Madeira e o do resto do mundo. Depois, um filme sobre a formação geológica da Madeira, seguido de outro, mais genérico, sobre o fenómeno vulcânico propriamente dito – mas este último é uma experiência em três dimensões.

Depois deste “banho” de ciência, segue-se uma atividade mais descansada, que nos permite apreciar as paisagens, construídas e naturais, da ilha. A próxima paragem do autocarro amarelo da CarrisTur é o centro de São Vicente, com a igreja e o pequeno parque de flora endémica, antes de seguir até ao Seixal, ao miradouro do Véu da Noiva.

Oportunidade para usufruir de uma magnífica vista sobre o norte da ilha, e de ver “ao vivo”, as consequências da ação da natureza (mar, chuva, sol e vento) sobre a paisagem.

Falta apenas regressar ao Funchal. E chegar na certeza que se aprendeu muito, e se viu muito. E que vamos chegar a tempo de almoçar num dos muitos restaurantes que nos dão a conhecer as especialidades gastronómicas da ilha. E começar a planear a próxima saída…

Traga os chinelos… nós temos o resto!

By Aqui Perto 435 Comments

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Parece uma pintura clássica. Daquelas tiradas de um postal ilustrado parado no tempo. Daquelas que não se toca, porque se tem medo de estragar. É esta a imagem que todos guardamos da paisagem que nos enche os olhos e preenche a alma. Foi assim que a deixei. É assim que a encontro, de cada vez que regresso.

Sento-me no alto do Miradouro da Portela, a terra batida por baixo dos chinelos, a brisa que desce as pequenas montanhas e a visão que me prende a respiração, como se cada vez que eu pestanejasse, os olhos tirassem a fotografia perfeita.

A praia continua na sua languidez a espreguiçar-se ao longo de nove quilómetros dourados. Aqui e ali, parece atrever-se a desafiar as águas turquesa e uma língua de areia entra no Atlântico que, por aqui, tem temperaturas de 23 graus.

Há vinte anos que se reescreve a história. Não voltou a ler-se da mesma maneira e todas as estatísticas aumentaram, a forma de viver mudou, a própria marca “Porto Santo” impôs-se e hoje tem personalidade própria, assinatura com chancela e tudo e um mar de oportunidades que vão muito além da praia e da água quente.

Este é o mês do concelho, o mês das duas décadas de ligações marítimas e o mês de olhar o Porto Santo de outra forma. Com marchas, bolo do caco, terapias alternativas, golfe e muita, muita praia.

Porque o Porto Santo espera por si, o melhor é saber o que esperar dele. E para quem não decidiu, ainda, o que fazer quando o relógio descansar fora do braço e o despertador não tocar, a ilha do mar azul e das areias medicinais, das melancias mais doces de Portugal e dos cachos de uva mais sumarentos das ilhas portuguesas, é a opção certa.

Venha se precisar de descansar, de passear e de ter o bronze de maresia na pele, ande por onde andar. Toda a ilha é praia, mar e sol a perder de vista. De quando em vez, adormeça ao som das ondas. À noite, se encontrar metade da população virada para uns tapa-sóis de madeira, não resista. Siga-os, espere a sua vez e delicie-se com um dos maiores segredos da ilha. Uns gelados feitos da mesma forma há 50 anos, com a mesma fórmula que o homem que os serve há mais de meio século concebeu num laboratório de trazer por casa.

Não há iguaria igual em parte alguma do mundo. Nem há explicações para o sucesso de misturas como pêssego e ananás, rum e limão, banana e laranja. Mas a espera, às vezes de uma hora, vale a pena. Diz quem prova que não se esquece. Há quem saboreie quatro ou cinco daqueles gelados cremosos por dia. Por ali, conhecem-se como lambecas.


Manda o ritual que os turistas se sentem, rua abaixo, a apreciar o doce enquanto a outra metade da ilha ainda espera ser atendida. Parece brincadeira, mas chegam a vender-se, por dia, no Porto Santo, mais de cinco mil unidades. Mesmo que feitas com máquinas antigas, ladeadas pela tecnologia que obriga a registos em ecrãs tácteis, dando um ar futurista ao pequeno quiosque de menos de quatro metros quadrados.

Depois das lambecas, quando os dedos estiverem pegajosos o suficiente, siga a multidão e invada o cais velho. Outrora a única porta de entrada por mar na ilha, o local onde todos se cruzam é um monumento à pacatez do Porto Santo e à calma que não vai encontrar em mais nenhum local neste verão. Traga os chinelos, o fato de banho e muita vontade de viver a ilha. O resto, descubra por si.