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Não são bem 35 quilómetros mas, não os tendo feito, tenho em crer que parecerão muitos mais. Não tanto pelas subidas e descidas, mas acima de tudo pelo muito que proporcionam, em termos de paisagens, de história, de cultura e de vegetação.
O antigo Caminho Real nr. 24 começa em Santana, na Cova da Roda. Daí, passa pelo Lombo Galego, Fajã da Murta, Cruzinhas (700 metros), Fajã Grande de Baixo, Ribeira da Metade, Achada do Cedro Gordo, Ribeiro Frio, Chão das feiteiras, Poiso (1400 metros, o ponto mais alto do percurso), Ribeira das Cales, Terreiro da Luta (900 metros), Monte (550 metros) e Portas da Cidade.
Para quem já percorreu a estrada que sai do Funchal pelo Monte para o Poiso, terá certamente visto, aqui e ali, restos de um caminho calcetado. Ele é claramente visível à saída do Terreiro da Luta, e mais tarde logo depois do entroncamento do Poiso, sendo visível, por várias vezes, na descida até ao Ribeiro Frio.
O Caminho constituía o percurso lógico, por terra, a quem se deslocasse do norte, desde São Jorge até ao Faial, para o Funchal. Uma alternativa utilizada pelos que tivessem meios para isso seria tomar um barco, num dos pequenos portos da costa, mas muito concretamente na ribeira de São Jorge, para nele seguir até à capital.
Hoje, e para além das paisagens de que é possível usufruir ao longo de todo o percurso, não perca a laurisilva, no vale do Ribeiro Frio. Faça o desvio até aos Balcões. Visite o monumento a Nossa Senhora da Paz, no Terreiro da Luta. E aproveite a oportunidade para subir à torre da igreja do Monte, já a chegar ao Funchal. No Poiso pode parar, para retemperar forças, ganhar algum calor e ânimo, para continuar até à cidade, ou até Santana, dependendo da direcção por que optar completar o percurso.
Aqui e ali vai haver troços impassáveis, cobertos de vegetação, ou cortados por novas estradas. Mas será sempre possível rodear estes obstáculos, e prosseguir o seu caminho.
Bons percursos!
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