Ao contrário da frase célebre do poeta, estes mares são já dantes navegados.
A expressão de Luis Vaz de Camões atravessou os séculos, mas aqui não faria sentido, tendo em conta que, nesta história, os mares estão de tal forma navegados que o navio seria capaz de fazer as viagens “de olhos fechados”.
Não fosse o facto de o comandante João Bela alertar repetidamente para o facto de, no mar, nunca se facilitar, a robustez da proa a cortar as ondas da travessa, quase sempre de “cara virada para o sol”, as linhas modernas desenhadas com todo o cuidado e o carinho com que os madeirenses são tratados a bordo do “seu” navio, faz esta história de vinte anos ter sempre dados novos.
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O primeiro navio com o nome Lobo Marinho chegou em Junho de 1996
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A começar, pelas milhas navegadas.
Uma assustadora quantidade delas, de tal forma que é difícil olhar para os números sem deixar o queixo cair perante a comparação. Vamos por partes que a viagem é longa…
Apesar de acontecer já nos anos anteriores, a operação com ferry de caráter regular da Porto Santo Line iniciou-se em 1996, depois da experiência do ano anterior com um navio daquela tipologia, mas fretado. A partir daí, foi fácil começar a fazer contas. Já no primeiro ano de viagens entre as duas ilhas, o anterior Lobo Marinho viajou o equivalente a uma volta ao Equador, mas no total, se em vez das 86 milhas navegadas diariamente nas mesmas águas, João Bela governasse o navio sempre à volta da Terra, já o teria feito… 25 vezes.
Para quem já fez a travessia mais de seis mil vezes, a rotina da travessa não apresenta novidade. Mas há aspetos curiosos que podemos assinalar, como por exemplo, a sala de restaurante “a la carte”, que foi feita propositadamente a estibordo do navio para que, quando os passageiros estiverem a jantar, possam estar a ver a costa norte da Madeira e depois a costa sul.
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O atual navio da Porto Santo Line começou as viagens em Junho de 2003 |
A distância entre a ponta do Ilhéu da Cal e a Ponta de São Lourenço é de exatamente 22 milhas, o que significa que praticamente metade da viagem é feita em mar aberto e a restante abrigado por terra.
As mil viagens foram alcançadas no dia 20 de Agosto de 1999, pouco mais de três anos depois do início da operação e sensivelmente de três em três anos fizeram-se as travessias até a cinco mil, tendo demorado um pouco mais a completar as 6 mil devido ao inferior número de viagens anuais do navio.
Agora imagine: a Porto Santo Line tem a bordo vários tripulantes que estão na empresa desde o arranque da operação experimental, em 1995. Nesta altura das suas vidas, se tivessem viajado à volta do equador, estariam a caminho das 26 voltas ao planeta. Alguns deles entraram ali jovens e hoje têm filhos a acabar a escolaridade obrigatória.
Os passageiros conhecem-nos desde sempre, viram chegar-lhes as primeiras rugas, os cabelos brancos em alguns casos, mas de uma coisa têm certeza: o sorriso manteve-se e contagiou quem se juntou à equipa depois, quem entra a bordo uma vez por ano ou todos os meses.
O Lobo Marinho é, nunca foi segredo, um navio feito pelos passageiros. Só é pena o Porto Santo estar mesmo ali ao lado, porque às vezes a viagem torna-se curta.
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