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As nossas ilhas

Visitar a Zona Velha

Foi aqui que a cidade nasceu. Foi aqui que deram os primeiros passos os madeirenses de há quinhentos anos, e foi por aqui que viveram os pioneiros da expansão ultramarina europeia.

Foi aqui que nasceram, e aqui que morreram. Foi aqui que se criaram as raízes do ser madeirense.

E se esta zona foi mudando, com os tempos – era inevitável, passaram-se quinhentos anos… – a verdade é que esta área mantém um ambiente que é único, que é característico, e que continua a ser fundamental para apreender a cidade.

A rua de Santa Maria é provavelmente o mais antigo percurso do Funchal. A igreja de Nossa Senhora do Calhau, a primeira igreja da que foi a primeira cidade europeia construída além-mar já não existe, mas ainda é fácil imaginá-la, ali, onde a antiga rua se junta à Ribeira, junto ao mercado.

Um mercado que já faz parte do Funchal novo, idealizado por Fernão de Ornelas, numa metade já tão distante do século XX que nos custa ter uma noção exacta da visão deste gestor urbano.

Um mercado a que vieram juntar-se novos equipamentos, museus, centros de interpretação da história urbana e insular, bem como novos espaços de lazer para uma população cada vez mais exigente deste tipo de estruturas.

O mercado gerava já um movimento considerável. A este veio depois juntar-se o teleférico, ligação privilegiada ao Monte, e todo um movimento intimamente ligado à Zona Velha.

Uma Zona Velha que é, sem perder as suas características próprias, cada vez menos “velha”, mostrando-se cada dia que passa capaz de acompanhar os desafios das pessoas que por ela passam, e que nela vivem. Quer vivam lá toda a sua vida, quer vivam lá apenas uma parte da sua vida, quer estejam apenas de passagem. Uma passagem que se quer, sempre, agradável. E que deixe sempre motivos para, um dia, lá regressar. Um regresso que nos permita ver o que mudou, e o que ficou.

Porque, afinal, é preciso que algo mude para que tudo fique na mesma.

 

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