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Acampar com conforto nos Prazeres

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Um por do sol fantástico, uma paisagem de cortar a respiração, um momento inesquecível. Uma proposta para cada um dos dias de estadia no “Sol Glamping”, o novo conceito de turismo de natureza oferecido na pitoresca freguesia dos Prazeres, concelho da Calheta.

Escolha uma altura do ano em que pode desfrutar de três noites, a oferta mínima no cimo do monte de onde o mar se perde de vista. O empreendimento, de uma ex-emigrante de São Vicente no Reino Unido, tem feito as delícias de quem ali vai e os elogios são mais do que suficientes para despertar a curiosidade para uma escapadinha até a freguesia dos Prazeres.

A mais recente oferta turística da Calheta pode ser um bom motivo para um dos próximos feriados, aliando o ecoturismo ao inovador conceito de que já há alguns exemplos na Madeira, o de “glamping”, acampar com conforto, pois não falta o ar condicionado, a lareira e a casa de banho com todas as comodidades.

Desfrute da natureza à sua volta, de uma vista soberba sobre o Atlântico e de um passeio nas redondezas, com uma freguesia cheia de surpresas à sua espera, ou simplesmente fique por ali, desfrute do ar puro e do silêncio que se oferecem, de mãos dadas, a quem escolher passar uns dias diferentes. Ali mesmo à mão de semear, no concelho da Calheta.

Cata-ventos giram na Calheta até 16 de Abril

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A freguesia da Calheta, sede do concelho com o mesmo nome, tem desde a passada semana mais um motivo de interesse para ser visitada.

Seis centenas de cata-ventos giram para dar ainda mais cor ao jardim em frente ao edifício dos Paços do Concelho, que não passam despercebidos a quem sobe a rua e parecem cumprimentar quem os visita.

A exposição, ao ar livre, pode ser vista até 16 de Abril, sendo um dos atrativos para uma visita à Calheta nos próximos dias, de fim de semana prolongado.

Um trabalho artístico que se pode traduzir em enriquecimento turístico para o concelho é uma das tónicas desta mostra, que ficará certamente na memória de quem os vir, Os 600 exemplares são candidatos ao livro dos recordes, o Guinness Book, como a maior mostra de cata-ventos até agora realizada.

A iniciativa envolveu cerca de 300 pessoas entre os 6 e os 89 anos, de diversas escolas e centros de dia do concelho e contou com o apoio da Câmara Municipal da Calheta.

 

O dia de fazer uma vénia ao nosso Teatro

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Hoje é dia de prestar homenagem ao Teatro. Ao nosso teatro. Da cidade que o viu abrir portas a 11 de Março de 1888, faz hoje 130 anos, ao som da zarzuela trazida de Canárias pela Companhia de Jose Zamorano, “Las dos Princesas”.

A sua imponência não passa despercebida a quem atravessa todos os dias a avenida onde mora a nossa mais querida sala de espectáculos e quem nos visita regista momentos que leva de recordação da passagem pela cidade do “Baltazar Dias”. Mas nem sempre foi esse o nome do Teatro. Primeiro, porque estávamos em plena monarquia e como forma de homenagem à Rainha, foi-lhe dado o nome de “D. Maria Pia”. Depois, com a revolução Republicana e com a chegada do novo regime, passaria a chamar-se “Dr. Manuel de Arriaga”, nome do deputado da Madeira e primeiro presidente eleito da República Portuguesa. No entanto, este não aceitou a homenagem e a Câmara Municipal do Funchal baptizou-o de “Teatro Funchalense até a morte de Manuel de Arriaga, em 1917, quando já não se podia opor ao gesto.

Mas as ligações à cultura falaram mais alto quando Fernão de Ornelas, que em 1935 era presidente da autarquia, resolveu ligar o nome do poeta cego madeirense Baltazar Dias à sala. Dramaturgo de créditos firmados, nascido na Madeira e referência incontestável no teatro português, Baltazar Dias tem o seu registo gravado até hoje na memória de muitos funchalenses e de cada vez mais turistas e companhias que ali chegam, vindas de várias origens.

O Teatro está vivo, em todas as salas e recantos. Em todas as visitas guiadas que acontecem semanalmente às terças-feiras de manhã. Da teia, por cima da plateia, às catacumbas. Marque a sua, entre no teatro nas comemorações destes 130 anos de cultura e de legado da nossa cidade e viva a sua história durante 45 minutos que serão inesquecíveis.

“The Gift” levaram Funchal ao Altar

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Entre o inesquecível e o soberbo. O Funchal e pouco mais de 700 privilegiados subiram ao “Altar” dos “The Gift” pela mão de Sónia Tavares e tornaram-se íntimos daquela que foi a primeira banda Pop a actuar no Teatro Municipal Baltazar Dias.

A cidade que serviu de banco de ensaio para a digressão que começa no próximo sábado em Londres recebeu de novo de braços abertos o mesmo grupo que em Agosto de 2016 se prontificou para um concerto solidário pelas vítimas dos incêndios e vibrou. Dançou de pé na mítica sala de espectáculos, acompanhou a vocalista nos temas imortais e até viveu alguns momentos de excelente humor. Houve até tempo para partilhar segredos. sobre a Brisa Maracujá.

Os “The Gift” estiveram na sua sala de estar e os madeirenses puderam ser seus convidados. Os que ali estiveram, souberam que foi nesta cidade que viveu um dos dias mais felizes da sua vida e não deixaram de vibrar com os momentos em que a banda de Alcobaça “ofereceu” um “Big Fish“, num altar glorioso e cheio de magia, graças à parceria entre as Vespas e a Câmara Municipal do Funchal que tornou possível oferecer este concerto à cidade onde tudo começa, agora, para os sucessos do novo altar dos The Gift.

Nem faltou o Clássico, para arrepiar o público.

Max nasceu há cem anos

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Maximiano de Sousa nasceu há cem anos. A 20 de Janeiro de 1918, no Funchal, via a luz do dia um dos ícones da história da Madeira e da música portuguesa.

Viveu como poucos a popularidade da rádio, do teatro e da televisão portuguesas, desde a década de 1940 até a data do seu desaparecimento, em 1980. “As Noites da Madeira”, o “Bailinho da Madeira” ou “A Mula da Cooperativa” foram alguns dos seus êxitos, até porque para quem sonhava ser barbeiro ou alfaiate, a música apareceu como uma surpresa.

Max começou no Funchal, cidade onde nasceu a 18 e Janeiro de 1918 a sua carreira artística. Tinha ouvido para a música mas pouca paciência para aprender instrumentos, escolhendo por isso abraçar a arte de alfaiate. O bichinho da música que sempre tivera levou ao bar de um hotel, onde a partir de 1936 acumulou a música à noite, com a profissão de durante o dia.

Em 1942, é um dos fundadores – como cantor e baterista – do Conjunto de Toni Amaral, que se torna numa sensação nas noites madeirenses e que, em 1946, conquista Lisboa, a tão distante capital do império. O trabalho é muito e o conjunto assenta arraiais no night-club Nina, interpretando os ritmos do momento – boleros, baladas e fados-canções. Iniciou a sua carreira a solo em 1948, numa subia vertiginosa para a fama, quer através da rádio, quer pelas actuações ao vivo. É por isso que em 1949, assina contrato com a Valentim de Carvalho e grava o seu primeiro disco: um 78 rotações com “Noites da Madeira” e “Bailinho da Madeira”.

É o primeiro de uma longa lista de sucessos como A Mula da Cooperativa, Porto Santo, 31 ou Sinal da Cruz.

Pomba branca, um dos seus maiores sucessos, ficará ainda por muitos anos como um dos seus maiores sucessos.

Max faleceu em 1980 e até agora as notas do “Porto Santo” ficam na memória de gerações.

Veja aqui o video desse inesquecível tema.

Calheta tem receita para uma tradição de sucesso

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Junte-se um punhado de presépios num concelho e duas noites livres na agenda, adicione-se umas canjas e os cacaus e não se esqueça de temperar com umas sandes de carne de vinho-e-alhos. No final, polvilhe com uma dose de músicos e cantores afinados e sirva aos turistas que se juntam ao grupo espontaneamente. Esta é a receita para a visita da presidência e vereação da Calheta aos presépios de rua, uma tradição que se repete ano após ano naquele concelho e que esta semana voltou a fazer parar alguns dos sítios mais emblemáticos durante duas noites.

O “Madeira In & Out” acompanhou uma dessas longas jornadas de mais de quatro horas por sítios inóspitos, fora do traçado aconselhado pelos guias turísticos e longe das excursões organizadas. A simpatia de quem abre a porta de casa e transforma um recanto da estrada numa mesa de banquete é algo que não se esquece.

O presidente e vereadores com pelouro da autarquia da Calheta, acompanhados pelo presidente da Junta de Freguesia, visitaram nesse dia 6 dos 58 presépios do concelho e admiraram as autênticas obras de arte que durante várias semanas embelezaram os caminhos das oito freguesias. Sempre com os músicos e cantores na comitiva, foram recebidos pelos residentes dos diversos sítios, entoando os cânticos da época.

Momentos de uma tradição popular que ficam aqui numa coleção de fotos onde se pode ver que há tradições que vale a pena manter e fazer crescer para as gerações futuras.

 

 

Ponta do Pargo tem o farol mais alto e mais visitado de Portugal

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Inaugurado em 1922, o farol da Ponta do Pargo não é só o farol mais a oeste da ilha da Madeira. Situado na freguesia extrema do concelho da Calheta, é o farol mais alto de Portugal, com a sua luz a 312 metros acima do nível do mar.

Nos últimos dias, a estatística revelou que aquela edificação, que tem também um museu, foi o farol mais visitado do país em 2017, com mais de 14.200 visitantes e não é para menos. Os seus anéis e as faces do espelho que faz o farol tornam-no uma obra de arte pouco vista em Portugal, como mostra o vídeo.

O farol em si tem uma altura de 14 metros, mas surge sobre uma arriba de cerca de 300 metros sobre o Oceano Atlântico, numa zona em que a paisagem sobre toda a costa sul da ilha da Madeira se recorta nas ondas muitas vezes revoltas, que terminam no calhau rolado tão típico da nossa terra. Uma fotografia que não se esquece.

As peças que retratam os faróis da Madeira, com fotografias e documentos muitas vezes escondidos em gavetas e armários, além de vários elementos que constituem aquelas estruturas, merecem um passeio até a Rua do Farol, nº1, às instalações da Autoridade Marítima Nacional.

Electrificado desde 1989 e declarado património de valor cultural para a Região uma década mais tarde, o farol merece ser visitado numa próxima ida ao concelho da Calheta.

Oito razões para afundar o navio-patrulha Cacine na Madeira

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A Marinha Portuguesa já decidiu e a opção foi comunicada ao Governo Regional. O NRP Cacine, que deu nome à mesma classe de navios que desde o final dos anos 60 esteve ao serviço de Portugal, vai ser afundado nos mares da Madeira.

O seu afundamento em águas da Madeira é o reconhecimento pela Marinha da sua importância para a Região, provavelmente as águas portuguesas onde a sua intervenção foi mais mediática. Ao serviço da Marinha desde 6 de Maio de 1969, o navio que deu nome a uma classe de dez, construídos nos anos seguintes, foi retirado do efectivo em Julho do ano passado, numa cerimónia na Base Naval de Lisboa, no Alfeite. Durante os primeiros anos, esteve em África, onde prestou serviço durante a guerra colonial ultramarina.

Há várias razões para que o NRP 1140 fique afundado nos nossos mares. A começar pelos primeiros anos em que veio para a nossa Zona Marítima.

Desde o acidente com o avião da Tap em 1977 que o navio começou por ter uma ligação estreita à Madeira e aos seus acontecimentos trágicos. Nos dias seguintes ao fatídico 19 de Novembro desse ano, o refeitório de praças do Cacine serviu de morgue aos corpos encontrados no mar de Santa Cruz, junto à cabeceira da pista onde o avião se precipitou.

Passados alguns anos, na Maré Negra de 15 de Janeiro de 1990, foi o mesmo navio que seguiu para o Porto Santo, pois estava de novo atribuído ao então Comando Naval da Madeira. Recorde-se que o navio espanhol “Aragon” procedeu a uma lavagem dos tanques de combustível, provocando um dos maiores desastres ambientais do país.

Depois de muitas missões à Madeira, o navio que foi retirado do efectivo da Armada em Julho de 2017, foi de novo protagonista de uma acção de busca e salvamento no âmbito da aluvião de 29 de Outubro de 1993. Comandado pelo actual comandante de Zona Marítima da Madeira, Capitão-de-mar-e-guerra Silva Ribeiro, o navio esteve vários dias nas buscas dos corpos desaparecidos depois da enxurrada dessa madrugada.

Já no início do século XXI, em 19 de janeiro de 2002, um derrame ocorrido no pipeline da NATO no porto de abrigo do Porto Santo, durante uma trasfega de fuel realizada pelo navio “Vemachen VII”, com pavilhão de La Valletta, levou a que o “patrulha mais antigo” se movimentasse em direcção àquela ilha transportando técnicos e material de contenção para uma primeira intervenção.

Ainda no mesmo ano de 2002, perante um acontecimento único na história da Marinha Portuguesa, durante a crise do petróleo, foi o único meio naval autorizado a navegar numa altura em que a decisão de Lisboa foi de parar todos os navios. Nessa época, Alberto João Jardim, então presidente do Governo Regional da Madeira, questionou a opção, uma vez que o apoio ao então Serviço do Parque Natural e as missões de vigilância marítima e de Busca e Salvamento na nossa Zona Económica Exclusiva ficariam fortemente afectadas.

Os anos passaram. O Cacine continuou as suas missões à Madeira, até que em 2010, numa comissão de rotina à nossa Zona Marítima, o 20 de Fevereiro aconteceu. O dia triste e inesquecível para os madeirenses, começou com a saída do navio para procurar, ao largo da costa, corpos eventualmente arrastados pelas águas revoltas que desciam embravecidas desde as serras.

Mas a ligação emocional dos madeirenses não terminaria nesse dia. Foi ao Cacine que coube, em Janeiro de 2012, envolver-se nas buscas ao ex-Vigilante da Natureza Carlos Silva (conhecido por Vidrinhos), que desapareceu nos mares do Campanário depois de um mergulho mal sucedido.

Ao longo de vários dias – ajudado depois com outros meios da Marinha – o mais antigo dos patrulhas navegou centenas de milhas na tentativa de encontrar o conhecido entusiasta que, ironicamente, viajou dezenas de vezes a bordo do navio no período em que exercia funções de vigilante ao serviço do Parque Natural da Madeira (actual Instituto das Florestas e Conservação da Natureza), nas Ilhas Desertas e nas Selvagens.

O NRP Cacine foi protagonista ainda, em 2015, da primeira viagem de transporte logístico para a instalação da Polícia Marítima nas Ilhas Selvagens. Numa odisseia que fez o navio ir ao Porto Santo carregar toneladas de material para as obras, fica na memória de quem fez a viagem o transbordo de um gerador com meia tonelada carregado pelos meios do navio para terra e transportado à força de braços por 12 pessoas para o local onde veio a ser instalado na ilha. Uma operação pioneira num local onde as gruas são inexistentes.

Mais recentemente, durante uma dessas inúmeras viagens à Reserva Natural das Selvagens, o navio viu-se obrigado a recorrer ao Centro de Busca e Salvamento da Madeira para que fosse resgatado o médico Francis Zino, passageiro que sofreu um acidente e ficou com um dedo praticamente amputado. A chegada do helicóptero EH101 da Força Aérea Portuguesa com a operação de evacuação que se realizou nessa noite, foi um dos últimos momentos históricos da vida do navio na Madeira.

Sensível a essas ligações emocionais, a Marinha tomou a decisão que esperávamos e que nos deixa orgulhosos… o Cacine vai ficar eternizado nos mares da Madeira.