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Desde o século XIV recuperou-se em Portugal uma tradição romana: passeios públicos decorados por pedras pretas e brancas. Os mosaicos romanos eram feitos com pedras mais pequenas, permitindo pois fazer desenhos mais precisos, e acelerar a sua colocação.
Na sua forma mais “moderna”, os passeios brancos e pretos tão comuns em Portugal – mas que também, existem em todo o mundo lusófono (várias cidades em Portugal, Rio de Janeiro, Luanda, Maputo, Macau) – surgem em Lisboa na década de 40 do século XIX, criação (ou “recriação”) do general Eusébio Furtado, que transformou o castelo de São Jorge e as zonas circundantes em jardins e passeios, calcetando todas essas zonas com pedra branca, cortada a espaços por contrastes pretos.
A mão-de-obra que colocou em redor do Castelo de São Jorge todas estas pedras brancas (calcário) e pretas (basalto) era constituída pelos presidiários do Castelo. O seu trabalho foi reconhecido pela câmara de Lisboa, estendendo o conceito a várias praças da capital. Assim foi concluída, por exemplo, a Praça do Comércio, cujos mais de 8500 metros quadrados foram colocados em menos de um ano.
Muitas praças do Funchal são também decoradas com estas pedrinhas. Merece destaque especial a praça do Município, ou largo do Colégio, que para além dos padrões de calçada portuguesa, goza ainda de um fantástico equilíbrio em termos dos edifícios que a circundam, tornando-a numa das mais bonitas praças portuguesas.

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